Billie Holiday



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Billie Holiday (1915-1959) foi uma cantora e compositora norte-americana que se tornou uma lenda do jazz. Foi considerada a cantora que deu início ao jazz moderno.

Billie Holiday, nome artístico de Eleanora Fagon, nasceu na Filadélfia, Pensilvânia, Estados Unidos, no dia 7 de abril de 1915. Era filha do músico Clarence Holiday e de Saddy Fagan, que tinham respectivamente 15 e 13 anos, quando Billie nasceu.

Foi criada por uma tia que morava na cidade de Baltimore. Com 10 anos de idade, Billie foi vítima de um estupro por um vizinho e então foi levada para uma casa de amparo a meninas vítimas de abuso.

Com 14 anos foi morar com sua mãe no Harlem, reduto da comunidade negra de Nova Iorque. Começou a se prostituir, mas foi detida e passou quatro meses na prisão.


CARREIRA


Com 15 anos, vendo sua mãe ser ameaçada de despejo do quarto que moravam, Billie Holiday se dirigiu a um bar em busca de trabalho, conseguindo seu primeiro emprego como cantora. Passou dois anos cantando em bares do Harlem.

Em 1932, chamou a atenção do produtor John Hammond, que a levou para gravar seu primeiro disco nos estúdios da CBS.

Sem nenhum estudo de canto, Billie não sabia ler partituras, cantava principalmente baladas lentas. Suas referências eram Bessie Smith e o trompetista Louis Armstrong, que ela ouvia nos bares que trabalhava.

Em novembro de 1933, acompanhada da banda de Benny Goodman, gravou Your Mather's Son-in-Law e Rifin' The Scotch. Com o apelido de Lady Day, dado pelo saxofonista Laster Young, começou sua carreira profissional.

Pouco a pouco, foi ganhando prestígio no mundo do Jazz. Cantou com várias bandas e gravou uma série de músicas com o saxofonista Lester Young.

Mudou a batida e a melodia das canções que interpretava. Ganhou fama se apresentando com as orquestras de Duke Elington, Teddy Wilson, Count Basie e Artie Shaw e também ao lado de Louis Armestrong, já com o nome artístico de Billie Holiday.

Em 1939, com sua interpretação de "Strange Fruit", uma canção de protesto contra o racismo nos Estados Unidos, viu sua carreira se consolidar. Strange Friut e God Bless The Child se tornaram as canções mais simbólicas de sua carreira.

Entre outras canções destacam-se: Trav' lin Light, Gloomy Sunday, Lover Man, Summertime, Crazy Calls Me e Body and Soul.


VIDA PESSOAL


Billie Holday passou a vida sendo explorada por maridos infiéis, empresários e amantes desonestos. Apesar do sucesso, mergulhou no álcool e nas drogas. A heroína foi especialmente a droga devastadora para sua voz e precipitou sua derrocada artística.

Na Filadélfia, ela foi presa por posse de entorpecentes, e perdeu a credencial que a autorizava cantar nas melhores casas de espetáculos, ficando relegada a cabarés.

Magoada, a cantora comentava: "Quando eu morrer, não quero saber se irei para o céu ou para o inferno. Só não quero ir para a Filadélfia".

Em 1956 publicou sua autobiografia intitulada "Lady Sings The Blues".

 

MORTE


Em 1959, Billie Holiday foi diagnosticada com cirrose hepática, mas não parou de beber. Em maio, foi levada para o hospital por seus amigos.

Enquanto estava internada recebeu voz de prisão por porte de drogas. Permaneceu sob a vigilância policial até a sua morte.

Billie Holiday faleceu, com problemas cardíacos e hepáticos, em Nova Iorque, Estados Unidos, no dia 17 de julho de 1959.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: